No mês de maio comemoramos bem felizes o Mês Internacional da Masturbação \o/
Portanto, nada mais justo que abordarmos o auto-erotismo na Sarrada Musical de hoje
O safadinho da vez é o extravagante Arnaldo Antunes com sua singelíssima e melódica Essa Mulher, do álbum paradeiro (no minúsculo mesmo).
Entoando a masturbação feminina em Essa Mulher
Após exceder todo romantismo declamando Eça de Queiróz na canção Amor I love you, da Marisa Monte, o ex-Titã resolveu escrachar no ano seguinte.
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O que Arnaldo traz é a musa protagonista completamente capaz de satisfazer a si própria.
Essa letra inverte aquele protagonismo comum de romances, onde o homem simplesmente admira uma bela musa submissa.
“Ela goza com o sabonete, não precisa de você. Ela goza com a mão, não precisa do seu pau” – venera a autonomia do prazer carnal feminino. “Ela quer viver sozinha, sem a sua companhia e você ainda quer essa mulher”.
Convenhamos, hoje sabe-se que a mulher realmente não precisa de ninguém além dela para viver e para seu bel prazer. Mas, lá em 2001, Seu Antunes precisava demais ratificar a autonomia feminina inclusive no sexo.
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Até porque as gatíneas têm “um travesseiro mais macio do que seu braço, e um acolchoado muito mais quente que o seu braço”. Os termos sublinhados sããããããão…
… pussy, buceta, xavasca, pombinha, xandoca, peludinha, xoxota, ptchulinha, ninho de rola, cabaça, fenda, área vip, tabaca, caixa dos prazeres, procurada, dita-cuja, concha, sirica…
O sagaz Arnaldão aborda o tema com bom humor. Em Essa Mulher, a subordinação masculina tem pitadas jocosas na melodia, igual numa banda de fanfarra de cidadezinha do interior.
Prova disso é o bem-humorado videoclipe dirigido por ninguém menos que Laís Bodanzki, mesma diretora do Bicho de Sete Cabeças, filme onde Arnaldão contribuiu com 7 canções.
Nele “essa mulher” não aparece “batendo a castanhola” propriamente, mas está toda à vontade se acariciando na cama e desfrutando por demais o chuveirinho no banho.
Enquanto ignora por completo as presenças do Arnaldo Antunes, a musa da música vai se curtindo demais, sozinha e sem a companhia dele – igual no 5-contra-1 😉