Asfixiofilia: um fetiche de perder totalmente o fôlego

-

Muitas pessoas só mostram o melhor delas quando estão no limite. É no momento em que arriscam alto que alcançam aquela sensação diferenciada. Afinal, a emoção do perigo também é responsável por trazer adrenalina nas mais diferentes situações. É exatamente nisso que os fãs da asfixiofilia apostam enquanto buscam o prazer.

Mas você já sabe o que é a asfixiofilia, como ela surgiu e como praticar esse fetiche? Temos um guia completo para você sobre o tem por aqui.

Então veja abaixo e acompanhe tudo sobre a famosa asfixia autoerótica, seus perigos e seus prazeres.

O que é

A asfixiofilia, também conhecida como asfixia autoerótica ou autoasfixia erótica em alguns casos, é a prática que consiste em cortar intencionalmente a oxigenação do cérebro para obter estímulo sexual. Ou seja, é dar aquele jeitinho de parar a respiração com o objetivo de intensificar as sensações de prazer. 

Feito da maneira correta, esse delicioso fetiche mistura perigo e recompensa na medida certa. Mas tome muito cuidado, a chance de errar na mão e acabar sofrendo consequências gravíssimas — até fatais — é grande. Por isso que, antes de partir para a prática, é importante saber mais sobre a asfixiofilia e os cuidados necessários para curti-la do jeito certo.

Como surgiu

É difícil calcular a origem exata do fetiche, mas a prática já foi documentada desde, pelo menos, o século XVII. Sendo vista, a princípio, como um tratamento para a disfunção erétil, parece que a ideia surgiu ao observar pessoas executadas por enforcamento. 

O que se percebeu foi que os homens enforcados desenvolviam uma ereção que se mantinha mesmo após o falecimento. Alguns deles até mesmo ejaculavam após a forca. Um tanto mórbido, não é mesmo?

Como funciona fisiologicamente

Geralmente, a asfixia erótica consentida é infringida na região do pescoço. Isso faz com que as artérias carótidas, que estão nos dois lados do pescoço, sejam obstruídas. Tais artérias fazem circular um sangue rico em oxigênio. Com o obstáculo na passagem, o oxigênio não chega ao cérebro.

Essa perda súbita de ar respirável, junto com o acúmulo de gás carbônico, aumenta as sensações de vertigem, perda de consciência e, para alguns, prazer. A sensação pode ser comparada com alguns estados de alucinação.

Não é só no sexo a dois

Aqui é onde se diferencia a asfixiofilia e a asfixia autoerótica/autoasfixia erótica. A asfixiofilia é a busca da obstrução da passagem de oxigênio para o cérebro durante qualquer prática sexual. Já na autoasfixia erótica, essa obstrução é autoinfringida e geralmente acontece para aumentar o prazer na masturbação. Inclusive, esse é o caso mais comum.

Ou seja, toda asfixia autoerótica é também uma prática de asfixiofilia. Mas nem toda vez que se está curtindo a asfixiofilia é exatamente uma asfixia autoerótica.

Como realizar com as precauções necessárias

Sabendo que a asfixia erótica pode levar a arritmia ou parada cardíaca e, em casos mais extremos, a óbito, muitos profissionais desaconselham a prática. Por isso, caso você não queira seguir essa indicação, é melhor estudar a maneira mais segura de praticá-la.

É importante se concentrar em três pilares para curtir a asfixiofilia de forma segura: Educação, Comunicação e Consentimento. Para começar, é importante conhecer a anatomia do pescoço para que haja menos riscos na brincadeira. Essa parte você viu acima.

Marque um sinal para que a prática da parafilia pare imediatamente. Além disso, caso esteja sendo feita a dois, é responsabilidade do parceiro parar na hora que ver que o limite pode ser ultrapassado. Para fechar, jamais pratique a asfixiofilia sem o consentimento de todas as partes.

Quando estiver sozinho curtindo a brincadeira, é mais difícil encontrar o limite — e por isso, mais perigoso. Sendo assim, a qualquer sinal de que vai perder o controle, é melhor parar imediatamente. Também não é indicado utilizar mecanismos que podem continuar te enforcando mesmo que você não queira mais (como sacolas plásticas, forcas os afins).

Mais comum do que você imagina

Quem nunca ouviu falar sobre a autoasfixia erótica ou qualquer coisa do tipo pode estar bastante impressionado, mas essa parafilia existe há bem mais tempo do que se imagina. Inclusive, se fala de casos de asfixiofilia desde antes mesmo existirem termos como sadismo ou masoquismo. 

Quando se trata de fetiche, é difícil contabilizar exatamente os praticantes. Mas indica-se um número de 250 a 1000 falecimentos acidentais por conta da asfixia autoerótica por ano. Por isso, é sempre bom reforçar: quando for curtir esse prazer, faça com todo cuidado do mundo.

Já conhecia a asfixiofilia antes? Então conte pra gente aqui nos comentários o que você achou mais interessante sobre a autoasfixia erótica.

Compartilhe

Últimos posts